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terça-feira, março 20, 2012

Fazia um tempo.

Na verdade, faz tempo. E, mesmo assim, essa pequena caixa branca com letras que surgem a cada tecla disparada pelos meus dedos se torna tão familiar ao toque, ao som. Nem a velocidade com que as palavras aparecem na tela me assusta.

Para mim, falar é respirar. Não há meios de viver sem falar, descrever, pronunciar o que cada sentimento, sensação, dor, sabor... preciso das palavras, descrições, explicações. Eu vivo para as palavras e elas vivem dentro de mim.

E não à toa, cá estou eu, sem sono por conta de um dos inúmeros dramas que eu mesma me faço superar... escrevendo. Há uma voz dentro da minha cabeça me narrando tudo isso que estou aqui escrevendo, e ler as palavras saindo de mim me alivia. A tensão vai embora. É o melhor exercício que existe.

Eu não me importo em amolar as pessoas com esse meu jeito. Francamente, com quase 30 anos, quem me ama já deve ter se acostumado. Também não me incomodo de ser um incômodo. Tenho medo, sim; mas todo mundo teme não ser amado por seus defeitos. E não ser autêntica não é um dos meus.

A verdade é que, com o passar dos anos, me convenci de que o medo da rejeição é universal. Os meus motivos são meus por uma razão, mas sempre existirão outros. Sempre haverá quem teme a solidão por suas próprias inseguranças. E, no meio dessa conclusão, a única coisa que me resta é ser autêntica.

Porque, sendo autêntica, eu ao menos me comprometo comigo mesma a dizer a verdade, não importa o que aconteça. Só eu posso prometer isso a mim mesma. Sendo autêntica, eu prometo chorar quando não for aceita, mas me consolar por ser assim, imperfeita. Eu posso me aceitar sem ser acomodada, posso ser feliz sem ser arrogante. Ser autêntica é mais uma questão de espírito do que propriamente uma atitude, acredito eu.

Por isso, nesta noite insone, cá estou eu, sentada no sofá, esperando que a minha cabeça me dê paz. E escrevendo. Porque foi a primeira coisa me deu vontade de fazer. Porque é assim que eu rumino pensamentos. É assim que as minhas emoções são digeridas. É assim que eu tiro os nós do estômago. É assim que tudo faz sentido novamente.

E, devo reconhecer, é muito bom fazer isso novamente.

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