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quinta-feira, outubro 14, 2010

Nice to meet you, too

A verdade é uma só: ser gente grande sucks. Big time.

Tudo bem, aquele melodrama todo acaba ficando para trás em algum momento e o seu coração para de viver à beira de um infarto todos os dias. E também é verdade que você consegue ter um certo controle maior sobre a sua vida - porque seus pais deixam, porque o seu dinheiro deixa, e porque você aprende a peitar todo mundo que não quer deixar a sua vida em paz.

Mas acontece que o preço dessa liberdade é bem alto. Não há mais tempo livre para pensar na vida; seus únicos pensamentos sobre isso vão sempre girar em torno das contas a serem pagas e do dinheiro que você precisa para - supostamente - ser feliz. As responsabilidades são maiores. As consequências são mais graves. As expectativas, então, são imensas - claro, quando você tem 16 anos, você também espera mudar o mundo e isso é grande. Só que aos 26, 27, você percebe que mal consegue mudar a própria vida, que dirá o planeta!

Não é de todo ruim, no entanto. Saber que o mundo vai continuar o mesmo tira um baita peso das costas. Mas também dá uma certa preguiça de fazer qualquer coisa - porque tudo, no final, vai continuar a ser como antes, de um jeito ou de outro. Até uma revolução, depois do conflito físico (se tiver) e emocional, vai conhecer a calmaria novamente.

É, acho que está aí o problema. Ser gente grande sucks big time porque é tudo muito calmo. Você anseia ardentemente por essa calmaria, é claro, mas quando a encontra, percebe que seria bom ter aproveitado um pouco mais daquele pandemônio que a vida era - um caos milagrosamente organizado de uma forma até prazerosa.

Para mim, seria o máximo conseguir de novo sentar aqui todos os dias e refletir sobre... o mundo, a vida, a morte, Deus, sexo, drogas, política, animais abandonados, maldade, bondade, solidariedade... tantas questões que o ser humano precisa ainda aprender a lidar e compreender. E tudo o que eu consigo são alguns minutos roubados entre uma tarefa e outra, entre uma preocupação financeira o vencimento das contas.

Não é culpa de ninguém. Eu só queria que fosse possível unir a vida de hoje com a vida de dez anos atrás.

Mas eu acho que isso jamais seria possível, anyway.

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